A personagem central é Monroe Stahr, modelado, em parte, em Irving Thalberg, produtor-chefe da Metro na década de 30, marido de Norma Shearer, responsável por filmes românticos e populares como Maria Antonieta e O Grande Motim; Thalberg suicidou-se.
A outra parte de Stahr é o próprio Fitzgerald, procurando reencontrar na jornalista Sheila Graham, sua companheira dos últimos anos, a mulher perdida, Zelda, que enlouquecera e, posteriormente, morreu queimada num incêndio no sanatório onde se encontrava.
Stahr, o sonhador, o romântico, o capitão de indústria desumano por força do ofício, o burguês irritado com o avanço dos comunistas, emerge como uma personagem acabada, de grande clareza psicológica e reverberação social. Pode-se imaginar o que Fitzgerald faria com todo o romance se pudesse termina-lo, mas, como está, apesar de algumas passagens onde o estilo não acompanha a concepção, O último magnata permanece uma obra da maturidade do escritor e um acréscimo importante à literatura moderna.