Olha para o céu, Frederico! foi lançado em 1939 e colocou José Cândido de Carvalho no mesmo patamar de seus autores preferidos, como Rachel de Queiroz e José Lins do Rego. Neste livro, muitos elementos frequentes nos romances nordestinos são deslocados para o cenário do Rio de Janeiro, na grande usina de São Martinho: a disputa entre a matéria e o espírito (poder econômico X igreja católica), a infância e a maturidade (éden X eros), o arcaico e o moderno (engenho X usina). O jornalista José Cândido de Carvalho foi considerado por muitos críticos como um autor da literatura regionalista brasileira que tocava nas pequenas questões humanas de forma cômica, sofisticada e irônica.
Eduardo de Sá Meneses, neto do Barão de Pedra Lisa, narra as peripécias de seu tio Frederico, dono do engenho de São Martinho, cujo olhar duro e o instinto predador provocam repulsa não só no sobrinho e herdeiro, como nos outros personagens da história. Ao longo do romance todos deixam escapar que, assim como o avarento protagonista, também são predadores e ambiciosos, apenas em diferentes graus e situações. Eduardo tenta a todo momento compreender o coração de pedra de seu tio, com quem conviveu por 15 anos, retornando às memórias da infância para recriar o retrato de um homem tão diminuto, que renasce em toda a sua miserável existência. Olha para o céu, Frederico é uma sátira aos senhores de engenho que comandavam a sociedade rural fluminense e contribuiu para o chamado romance do ciclo da cana-de-açúcar com o estilo coloquial e urbano do autor, típico de um cronista da imprensa diária.
José Cândido de Carvalho desapareceu do cenário da literatura brasileira por 25 anos depois de lançar este romance, retornando somente em 1965 com a publicação de O coronel e o lobisomem que logo foi saudado como obra-prima.
Eduardo de Sá Meneses, neto do Barão de Pedra Lisa, narra as peripécias de seu tio Frederico, dono do engenho de São Martinho, cujo olhar duro e o instinto predador provocam repulsa não só no sobrinho e herdeiro, como nos outros personagens da história. Ao longo do romance todos deixam escapar que, assim como o avarento protagonista, também são predadores e ambiciosos, apenas em diferentes graus e situações. Eduardo tenta a todo momento compreender o coração de pedra de seu tio, com quem conviveu por 15 anos, retornando às memórias da infância para recriar o retrato de um homem tão diminuto, que renasce em toda a sua miserável existência. Olha para o céu, Frederico é uma sátira aos senhores de engenho que comandavam a sociedade rural fluminense e contribuiu para o chamado romance do ciclo da cana-de-açúcar com o estilo coloquial e urbano do autor, típico de um cronista da imprensa diária.
José Cândido de Carvalho desapareceu do cenário da literatura brasileira por 25 anos depois de lançar este romance, retornando somente em 1965 com a publicação de O coronel e o lobisomem que logo foi saudado como obra-prima.