As vinhas da ira é o clássico que valeu o Prêmio Pulitzer a John Steinbeck e permanece como um dos arquétipos da cultura norte-americana. Agraciado também com o Nobel de Literatura, o autor retratou o homem moderno diante das dificuldades, a pobreza e a privação em um universo hostil, protagonizado por vítimas da competição e párias sociais. O livro é fortemente marcada pela forma, pelas descrições realísticas e pela reflexão sobre o mito do paraíso americano.
As vinhas da ira representa o confronto entre indivíduo e sociedade, através da epopeia da família Joad, expulsa pela seca dos campos de algodão de Oklahoma, para tentar a sobrevivência como boias-frias nas plantações de frutas do Vale de Salinas, na Califórnia. Ao mesmo tempo em que denuncia os dramas e flagelos de um país debilitado pela Grande Depressão dos anos 30, Steinbeck defende o conceito de que o indivíduo isolado nada vale, e a sobrevivência só é possível quando existe solidariedade entre os semelhantes. Vencedor de dois Oscar, a adaptação para o cinema foi feita por John Ford em 1940, com Henry Fonda no papel de Tom Joad.