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Estudos feministas

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Vol. 17, N. 2/2009. Usado. Em ótimo estado de conservação. Sem grifos ou rasuras. Com leves marcas de manuseio. Sem manchas. Com pequenos amassados nas bordas da capa e da contracapa.
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Descrição
Este número da REF trata principalmente de mulheres: mulheres da Bolívia, do Rio de Janeiro, de Santiago de Cuba, mulheres migrantes, mulheres que enfrentam violência doméstica, que lutam por cidadania, mulheres representadas em textos, em jornais, mães, escritoras, cientistas, bruxas, pesquisadoras, sempre em relações marcadas pelo gênero.

Naara Luna analisa notícias de jornais (especialmente O Globo, Rio de Janeiro, 2000-2005) acerca da constituição em sujeitos sociais de embriões produzidos por fertilização in vitro e fetos anencefálicos, seres que antes não eram dissociados do corpo materno.

Víctor Silva Echeto e Rodrigo Browne Sartori contrapõem, em seu artigo, às cidades homogêneas que se vão desenhando no capitalismo tardio como não lugares, sem identidade, sem relações ou histórias, cidades outras, invisíveis, abrigadoras de singularidades e diferenças, reivindicadas pelos estudos de gênero, cidades sexuais e nômades, excêntricas, ambivalentes, desejantes.

No artigo “Migración, género y desigualdad social...”, María José Magliano reflete sobre os modos como as dimensões de gênero, etnia e classe social condicionam as formas de inserção social e laboral de mulheres bolivianas que migram para a Argentina, reproduzindo e reforçando práticas e discursos de exclusão que enfrentam tradicionalmente, também, no país de origem.

Considerando o crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho e o aumento de seus níveis de escolaridade, Maria das Dores Campos Machado e Myriam Lins de Barros apresentam os resultados de pesquisas que estudaram as continuidades e descontinuidades nas representações de gênero de três gerações de mulheres de famílias de camadas médias e populares no Rio de Janeiro, privilegiando suas percepções sobre o lugar social das mulheres no contexto das transformações da sociedade brasileira.

Ivette Sóñora Soto reflete sobre o sufragismo e o feminismo em Santiago de Cuba, buscando nova interpretação para a inserção parcial das mulheres santiagueras em partidos políticos e seu direito ao voto. Afirma ter sido o voto feminino uma concessão de partidos políticos que consideravam vantajoso promover o sufrágio feminino para obter vitória em eleições, mas que as mulheres o utilizaram para seus próprios fins, buscando consolidar direitos civis e políticos, e participando de forma efetiva na constituição de uma sociedade com consciência de cidadania.

O artigo de Isabel González Díaz analisa o processo de elaboração e produção das duas primeiras antologias editadas por mulheres na área de estudos culturais, detendo-se nas informações referentes ao papel das mulheres na evolução da disciplina, à qual trouxeram novos temas e conceitos em debates acadêmicos, bem como novas ferramentas de análise, apesar das dificuldades que tiveram de enfrentar nos primeiros momentos da constituição dessas publicações.

Eriza de Oliveira Parente, Rosana do Nascimento e Luiza Jane Eyre Vieira apresentam pesquisa realizada com mulheres que denunciaram seus agressores de violências domésticas, em Fortaleza, Ceará. Acompanhando várias mulheres que romperam com o silêncio e utilizando abordagem qualitativa, com observações e grupos focais, durante e após a denúncia, as pesquisadoras buscaram analisar os relatos das barreiras identificadas pelas denunciantes como dificultadoras no processo de exporem as violências sofridas, bem como os fatores que se configuraram como formas de enfrentamento dos agressores. Ressaltando o fato de as ações violentas terem ultrapassado os limites de natureza física, envolvendo sofrimentos de ordem psíquica, social e econômica, as mulheres pesquisadas relataram terem sido, assim, levadas a romper o silêncio que as mantinha nas situações de sofrimento.

No ensaio publicado neste número, Ester Massó Guijarro analisa, por meio do paradigma do holismo epistemológico, a sexualidade feminina em tempos de globalização. Considerando as questões globais atuais sob uma perspectiva multidisciplinar, a autora utiliza a perspectiva análoga da complexidade para sugerir a defesa do holismo erótico como forma de problematização da sexualidade e do erotismo feminino.

Os artigos temáticos, selecionados a partir de textos submetidos espontaneamente, ilustram a crescente preocupação com os estudos do discurso e a instrumentação que as várias abordagens discursivas proporcionam às ciências humanas e sociais em geral e aos estudos de gênero em particular.

Este número da REF se encerra, como de costume, com resenhas de livros recentes para conhecimento de suas leitoras e leitores.
Informação Adicional
Peso em Kg 0.6150
Autor CFH/CCE/UFSC
Ano 2009
Editora UFSC
Edição 1
Formato Edição comum
Encadernação Livro brochura (paperback)
Idioma Português
Páginas 640
Tradutor Não tem
Palavras-Chave Brasil, Literatura Brasileira, América do Sul, Não-Ficção, Periódico, Feminismo, Mulheres, Estudos, Análises, Artigos, Reportagens, Pesquisas, Textos, Livros, Aprofundamento, Estudos Feministas
Comprimento (cm) 16
Altura (cm) 23
Largura (cm) 2
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