A Alemã é o segundo romance do escritor norte-americano Paul Griner, inspirado na história real de uma equipe de cinema norte-americana. Julgados pelo seu próprio governo, os cineastas foram acusados de traição por terem feito um relato crítico da participação dos aliados ingleses na Primeira Guerra Mundial.
"Também me inspirou a citação do autor E. M. Forster: ‘Se eu tiver que escolher entre trair meu país ou trair um amigo, espero ter a coragem de trair o primeiro'", conta Griner, que aliou à narrativa do livro uma boa dose de pesquisa histórica. O escritor leu documentos oficiais, registros de hospitais da época, além de diários antigos de enfermeiras e médicos.
Recém-terminada a Primeira Guerra Mundial, a Europa continuava mergulhada no caos e na desconfiança. A enfermeira britânica Kate Zweig e seu marido alemão, Horst, mantinham um hospital na Prússia Oriental e já podiam sentir no ar o clima de paranoia que se instalava no continente. Movidos pela suspeita de que os dois fossem espiões, soldados russos destruíram o hospital, forçando-os a fugir para Hamburgo.
Passados 25 anos, Kate, já viúva, trabalha em um hospital de Londres. Em um comício, conhece Claus Murphy, um cineasta americano, filho de mãe alemã. Preso durante a Segunda Guerra devido a suas origens, agora, com o conflito próximo do fim, Murphy serve ao Ministério Britânico da Informação, enviando aos alemães mensagens falsas sobre os planos dos aliados. Profundamente marcados pelo sofrimento do passado, Kate e Claus se apaixonam. Mas ambos têm vínculos com a Alemanha e sabem como é difícil confiar em alguém quando há espiões por todos os lados. Para Claus, em especial, pode custar muito caro se envolver com a pessoa errada - e a questão ganha peso quando surge a suspeita de que Kate não seja quem diz ser.
Paul Griner explora as possibilidades do amor num contexto histórico de 60 anos atrás, numa época e local em que a palavra traição agregava muitos outros significados. Questionado sobre o poder de cativar os leitores através desse cenário, o autor é enfático: "As perguntas que levanto nesse trabalho de ficção podem se ajustar perfeitamente a qualquer período da história, com ou sem guerras. O que significa ser patriota? A quem devemos fidelidade e por quê? O que constitui um ato de traição? Meu livro não responde essas perguntas e nem tenta: é uma tentativa de dramatização dos efeitos que têm as escolhas das pessoas comuns, como eu ou o leitor. Kate teve de escolher entre seu país e seu marido. Escolhendo o marido, toda a sua vida a partir daí estará sempre relacionada a essa decisão.", questiona.
"Também me inspirou a citação do autor E. M. Forster: ‘Se eu tiver que escolher entre trair meu país ou trair um amigo, espero ter a coragem de trair o primeiro'", conta Griner, que aliou à narrativa do livro uma boa dose de pesquisa histórica. O escritor leu documentos oficiais, registros de hospitais da época, além de diários antigos de enfermeiras e médicos.
Recém-terminada a Primeira Guerra Mundial, a Europa continuava mergulhada no caos e na desconfiança. A enfermeira britânica Kate Zweig e seu marido alemão, Horst, mantinham um hospital na Prússia Oriental e já podiam sentir no ar o clima de paranoia que se instalava no continente. Movidos pela suspeita de que os dois fossem espiões, soldados russos destruíram o hospital, forçando-os a fugir para Hamburgo.
Passados 25 anos, Kate, já viúva, trabalha em um hospital de Londres. Em um comício, conhece Claus Murphy, um cineasta americano, filho de mãe alemã. Preso durante a Segunda Guerra devido a suas origens, agora, com o conflito próximo do fim, Murphy serve ao Ministério Britânico da Informação, enviando aos alemães mensagens falsas sobre os planos dos aliados. Profundamente marcados pelo sofrimento do passado, Kate e Claus se apaixonam. Mas ambos têm vínculos com a Alemanha e sabem como é difícil confiar em alguém quando há espiões por todos os lados. Para Claus, em especial, pode custar muito caro se envolver com a pessoa errada - e a questão ganha peso quando surge a suspeita de que Kate não seja quem diz ser.
Paul Griner explora as possibilidades do amor num contexto histórico de 60 anos atrás, numa época e local em que a palavra traição agregava muitos outros significados. Questionado sobre o poder de cativar os leitores através desse cenário, o autor é enfático: "As perguntas que levanto nesse trabalho de ficção podem se ajustar perfeitamente a qualquer período da história, com ou sem guerras. O que significa ser patriota? A quem devemos fidelidade e por quê? O que constitui um ato de traição? Meu livro não responde essas perguntas e nem tenta: é uma tentativa de dramatização dos efeitos que têm as escolhas das pessoas comuns, como eu ou o leitor. Kate teve de escolher entre seu país e seu marido. Escolhendo o marido, toda a sua vida a partir daí estará sempre relacionada a essa decisão.", questiona.