Nome sobejamente conhecido, Roland Barthes dispensa apresentação para quantos se interessam por estudos de Semiologia. Nascido na França, em 1915, firmou-se há muito como um dos mais doutos cultores dessa ciência e desfruta igualmente de grande prestígio como teórico de literatura.
Como base numa série de textos escritos sobre assuntos cotidianos e com o fito precípuo de “realizar, por um lado, uma crítica ideológica da linguagem da cultura dita de massa, por outro uma primeira desmontagem semiológica dessa linguagem”, Roland Barthes busca – e indubitavelmente o conseguiu – desmitificar os mitos em que se veem constituindo inúmeros aspectos de uma realidade constantemente mascarada pela imprensa, pelo cinema, pela arte e pelos demais veículos de comunicação, sempre a serviço de interesses ideológicos.
Tal desmitificação só poderia ser operada em forma de denúncia por um espírito sutil como o de Barthes que, recusando-se a aceitar “a crença tradicional que postula um divórcio entre a objetividade do cientista e a subjetividade do escritor”, põe a nu, como escritor, as intenções subjacentes em muitos dos aspectos da vida contemporânea, como, por exemplo, o mundo do catch, a publicidade dos sabões e detergentes, a propaganda religiosa do pastor Billy Graham, a discussão sobre o cérebro de Einstein, os preconceitos de Poujade em relação à intelectualidade, o strip-tease e o music-hall como espetáculos etc.
Desmontado o mito, encerrada pois a crítica irônica dos fatos, Roland Barthes passa a analisa-lo como sistema semiológico, penetrando, a partir daí, no campo reservado propriamente à ciência em que granjeou justificada autoridade, como o comprova esta sua obra.
Como base numa série de textos escritos sobre assuntos cotidianos e com o fito precípuo de “realizar, por um lado, uma crítica ideológica da linguagem da cultura dita de massa, por outro uma primeira desmontagem semiológica dessa linguagem”, Roland Barthes busca – e indubitavelmente o conseguiu – desmitificar os mitos em que se veem constituindo inúmeros aspectos de uma realidade constantemente mascarada pela imprensa, pelo cinema, pela arte e pelos demais veículos de comunicação, sempre a serviço de interesses ideológicos.
Tal desmitificação só poderia ser operada em forma de denúncia por um espírito sutil como o de Barthes que, recusando-se a aceitar “a crença tradicional que postula um divórcio entre a objetividade do cientista e a subjetividade do escritor”, põe a nu, como escritor, as intenções subjacentes em muitos dos aspectos da vida contemporânea, como, por exemplo, o mundo do catch, a publicidade dos sabões e detergentes, a propaganda religiosa do pastor Billy Graham, a discussão sobre o cérebro de Einstein, os preconceitos de Poujade em relação à intelectualidade, o strip-tease e o music-hall como espetáculos etc.
Desmontado o mito, encerrada pois a crítica irônica dos fatos, Roland Barthes passa a analisa-lo como sistema semiológico, penetrando, a partir daí, no campo reservado propriamente à ciência em que granjeou justificada autoridade, como o comprova esta sua obra.