Cometer sincericídio. Dizer a verdade a qualquer custo. A qualquer preço. A qualquer um. Não medir as consequências. Cometer suicídio por meio das palavras. Através da boca.
Dizer, contra os próprios interesses, contra si mesmo. Dizer o que você sabe que não deveria ser dito, mas dizê-lo assim mesmo, sem conseguir evitá-lo. O sincericida arrependido se arrepende à medida que fala, à medida que as palavras escorrem, sente um pânico profundo, assim como os suicidas no instante de chutar o banquinho, de cortar os pulsos. Aí já é tarde. O sangue não volta às veias. A pasta de dente não volta ao tubo. As palavras não voltam à boca.
Todos somos sincericidas de vez em quando.
Dizer, contra os próprios interesses, contra si mesmo. Dizer o que você sabe que não deveria ser dito, mas dizê-lo assim mesmo, sem conseguir evitá-lo. O sincericida arrependido se arrepende à medida que fala, à medida que as palavras escorrem, sente um pânico profundo, assim como os suicidas no instante de chutar o banquinho, de cortar os pulsos. Aí já é tarde. O sangue não volta às veias. A pasta de dente não volta ao tubo. As palavras não voltam à boca.
Todos somos sincericidas de vez em quando.