O jornalista, dramaturgo e músico pernambucano Raimundo Carrero estreou na literatura em 1975, com o livro A História de Bernarda Soledade. Mas a ligação de Carrero com a literatura de qualidade começou muito antes, quando, ainda menino, lia de Graciliano Ramos a Dostoievski. Coincidência ou não, sua prosa também ganharia a crítica especializada.
Carrero é um dos mais importantes autores brasileiros contemporâneos, com inúmeros prêmios. Entre eles, o Jabuti de Melhor Livro de Contos, em 2000, e o de Melhor Romancista do Ano, pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1995. Em 2010 recebeu os prêmios Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional, e o Prêmio São Paulo de Literatura pelo romance A minha alma é irmã de Deus. Mas com a história terminada, o escritor sentiu que alguns personagens tinham mais o que dizer. Escolheu Alvarenga e Raquel e começava assim seu mais recente trabalho Seria uma sombria noite secreta. Um livro que fala de um amor absoluto, que prescinde, inclusive, da presença do amado, algo tão peculiar à ânsia, à passionalidade do amante.
O camelô Alvarenga e a prostituta Raquel vivem um amor desencontrado e confuso, sem desejos sexuais, movido pela imensa ternura que um sente pelo outro, desde a adolescência. Alvarenga vive dos restos de comida que encontra no lixo e Raquel transforma-se em prostituta desde que se entusiasmou com a teoria do corpo social francesa, durante as aulas do Curso de História na Universidade.
Os dois ocupam uma pensão no Bairro boêmio do Recife, em grande solidão e alimentando sonhos sem esperanças. Alvarenga é um personagem esquisito: toca corneta para chamar os amantes de Raquel e nem sabe dizer sequer se ela é bonita ou feia porque confunde os elementos estéticos do mundo contemporâneo. Para ele, bonito é um pássaro solitário, cheio de plumagem colorida, ou uma ave velha e decadente. Reunindo textos, personagens e situações novos com os de outros romances seus, que se repetem e avançam através da trama e da harmonia do texto, Carrero cria um romance único e singular.
Carrero é um dos mais importantes autores brasileiros contemporâneos, com inúmeros prêmios. Entre eles, o Jabuti de Melhor Livro de Contos, em 2000, e o de Melhor Romancista do Ano, pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1995. Em 2010 recebeu os prêmios Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional, e o Prêmio São Paulo de Literatura pelo romance A minha alma é irmã de Deus. Mas com a história terminada, o escritor sentiu que alguns personagens tinham mais o que dizer. Escolheu Alvarenga e Raquel e começava assim seu mais recente trabalho Seria uma sombria noite secreta. Um livro que fala de um amor absoluto, que prescinde, inclusive, da presença do amado, algo tão peculiar à ânsia, à passionalidade do amante.
O camelô Alvarenga e a prostituta Raquel vivem um amor desencontrado e confuso, sem desejos sexuais, movido pela imensa ternura que um sente pelo outro, desde a adolescência. Alvarenga vive dos restos de comida que encontra no lixo e Raquel transforma-se em prostituta desde que se entusiasmou com a teoria do corpo social francesa, durante as aulas do Curso de História na Universidade.
Os dois ocupam uma pensão no Bairro boêmio do Recife, em grande solidão e alimentando sonhos sem esperanças. Alvarenga é um personagem esquisito: toca corneta para chamar os amantes de Raquel e nem sabe dizer sequer se ela é bonita ou feia porque confunde os elementos estéticos do mundo contemporâneo. Para ele, bonito é um pássaro solitário, cheio de plumagem colorida, ou uma ave velha e decadente. Reunindo textos, personagens e situações novos com os de outros romances seus, que se repetem e avançam através da trama e da harmonia do texto, Carrero cria um romance único e singular.