Na primavera de 1965, Guilherme sente falta do avô anarquista e o Beto não consegue entender o país. Clara e Flávio descobrem o sexo num minúsculo elevador, enquanto Ana sucumbe a uma paixão proibida. Já o Guto só pensa em cinema e corridas de cavalo, enquanto Eva, filha adotiva de um general linha-dura, sente-se um estorvo na família e na vida.
Entre uma e outra faixa dos Beatles, a turma do terceiro colegial burila suas aflições e comenta – às vezes, aos sussurros – a censura, o aborto, as prisões e o biquíni da Brigitte Bardot. O medo agora é maior: além das broncas e ameaças do bedel Ximu, o que se teme é o regime militar, que acaba de se transformar numa ditadura plena e sem disfarces.
Na primavera de 2005, quarenta anos depois, a turma se reencontra, movida pela curiosidade em torno de um crime: os indícios apontam para a família de uma ex-colega do terceiro ano B.
Romance histórico? Thriller? Romance de formação? O Ano Zero é tudo isto, e muito mais. Maria Helena Malta conta uma história singularmente forte e delicada ao mesmo tempo, cujo grande protagonista é a geração nascida em meio à alegria esfuziante do pós-guerra, que enfrentou com pedras o regime militar, mas fez a grande revolução não no cenário da política, como imaginava, mas no palco do cotidiano, contra os valores morais impostos por pais e avós.
Entre uma e outra faixa dos Beatles, a turma do terceiro colegial burila suas aflições e comenta – às vezes, aos sussurros – a censura, o aborto, as prisões e o biquíni da Brigitte Bardot. O medo agora é maior: além das broncas e ameaças do bedel Ximu, o que se teme é o regime militar, que acaba de se transformar numa ditadura plena e sem disfarces.
Na primavera de 2005, quarenta anos depois, a turma se reencontra, movida pela curiosidade em torno de um crime: os indícios apontam para a família de uma ex-colega do terceiro ano B.
Romance histórico? Thriller? Romance de formação? O Ano Zero é tudo isto, e muito mais. Maria Helena Malta conta uma história singularmente forte e delicada ao mesmo tempo, cujo grande protagonista é a geração nascida em meio à alegria esfuziante do pós-guerra, que enfrentou com pedras o regime militar, mas fez a grande revolução não no cenário da política, como imaginava, mas no palco do cotidiano, contra os valores morais impostos por pais e avós.