Três contos. Três vezes o clima feérico de Paraty, aqui como imagem de um país em gestação. Mais precisamente o Caminho do Ouro, a antiga estrada pela qual chegavam das Minas Gerais ao litoral as riquezas que o Brasil exportava, metáfora de um longo (Des)caminho de um belíssimo sonho que sempre teimou em azedar.
Uma vez o século XVII e o belo e puro namoro de um casal de jovens índios em paisagem intocada — a narrativa do primeiro encontro da tribo com viajantes europeus é soberba. Uma vez o século XVIII e um encontro amoroso que parece que nunca vai acontecer, entre uma moça de Minas indo para Portugal e um jovem português viajando em sentido contrário. E uma vez o século XIX, com o encontro de uma negra filha de Ossaim com um escravo africano à beira da morte, enviados para as fazendas dos barões de café do Vale do Paraíba e que dão um belo nó no destino que lhes era reservado.
As três estórias, como o autor faz questão de escrever, se entrelaçam com uma pureza que parece sair diretamente dos riachos e cachoeiras que as transportam através dos séculos. A narrativa é tão precisa, o tom tão justo, que só pode vir de alguém que fez da arte de contar a obra de sua vida. Não surpreende portanto termos por trás delas Marcos Caetano Ribas, o fundador do Grupo Contadores de Estórias e do Teatro Espaço, de onde tem saído, de Paraty para o mundo, a maneira mais bela, mais sincera, e mais poética certamente, de contar as estórias e a história dos povos que formaram o Brasil.
Uma vez o século XVII e o belo e puro namoro de um casal de jovens índios em paisagem intocada — a narrativa do primeiro encontro da tribo com viajantes europeus é soberba. Uma vez o século XVIII e um encontro amoroso que parece que nunca vai acontecer, entre uma moça de Minas indo para Portugal e um jovem português viajando em sentido contrário. E uma vez o século XIX, com o encontro de uma negra filha de Ossaim com um escravo africano à beira da morte, enviados para as fazendas dos barões de café do Vale do Paraíba e que dão um belo nó no destino que lhes era reservado.
As três estórias, como o autor faz questão de escrever, se entrelaçam com uma pureza que parece sair diretamente dos riachos e cachoeiras que as transportam através dos séculos. A narrativa é tão precisa, o tom tão justo, que só pode vir de alguém que fez da arte de contar a obra de sua vida. Não surpreende portanto termos por trás delas Marcos Caetano Ribas, o fundador do Grupo Contadores de Estórias e do Teatro Espaço, de onde tem saído, de Paraty para o mundo, a maneira mais bela, mais sincera, e mais poética certamente, de contar as estórias e a história dos povos que formaram o Brasil.